Apresenta-se como marcas e/ou feridas que surgem no corpo de determinadas pessoas, sem qualquer razão aparente e de forma ainda desconhecida pela ciência.
O surgimento do estigma esteve, por muito tempo, ligado a casos de natureza religiosa, especialmente com o surgimento de estigmas idênticas as feridas recebidas por Cristo no ato de sua crucificação.
Alguns autores entendem que a denominação "estigma" só pode ser aplicada às feridas que surgem exatamente nos cinco locais onde, segundo a bíblia, Jesus Cristo foi ferido. Existem numerosos relatos de religiosos e de pessoas de enorme fé cristã que apresentaram os sinais das feridas, fenômeno que ainda ocorre nos dias de hoje.
A psicologia e, mais recentemente, a parapsicologia, se dedicaram ao estudo do assunto, a tendência foi de entender de que o fenômeno é mais amplo, e que os estigmas podem ser criados pela própria pessoa, como consequência de uma auto-sugestão inconsciente de uma força extraordinária, o que, em alguns casos, é de estudo típico da parapsicologia. Pesquisando os casos mais recentes e mais facilmente observáveis, percebeu-se que não se tratava unicamente de feridas nos locais em que a bíblia relatava, mas em qualquer parte do corpo, em qualquer forma.
Experiências com médiuns famosos mostraram que eles são capazes de criar marcas em seus corpos, alguns até mesmo conscientemente, a pedido dos observadores. Existem registro de casos de estigmatização acompanhados do fenômeno de levitação. Os estados alternados da mente capazes de provocar semelhantes lesões podem perfeitamente ser provocados por histeria religiosa ou por estado de êxtase. Desse modo, não é por acaso que nas regiões onde as lesões aparecem combinam com as regiões onde Cristo foi ferido, mas devido a um processo inconsciente despertado pela própria pessoa.
Nos médiuns em que esse processo mental pode ser, de alguma forma, controlado, as marcas podem surgir em qualquer local.
Sabe-se de pessoas que formaram palavras na própria pele, como se tivessem sido riscadas com algum objeto cortante, para logo em seguida desaparecer.
Lembrando que o mecanismo mental ou psíquico que torna possível este acontecimento, ainda é desconhecido.
Um dos primeiros casos conhecidos foi o de Francisco de Assis (1182-1226) e vários casos foram registrados desde então, mas o mais famosos no século XX, foi o caso do Padre Pio (1898-1968), que apresentou os estigmas desde os 23 anos até a sua morte, quase cinquenta anos depois. O padre também podia projetar sua imagem, ou duplicata, em locais distantes, com um fenômeno chamado bilocação.
Outra famosa estigmatizada, Therèse Neumann (1898-1962) sangrava muito com as feridas e chegava a sangrar pelos olhos, além do que se dizia que era capaz de sobreviver por meses alimentando-se apenas de hóstias.
Outro bastante conhecido em tempo mais recentes é Giorgio Bongiovanni, que afirma que seus estigmas começavam a se manifestar durante uma peregrinação à Fátima de Portugal, 1898.
Segundo o Dr. Tédio Harrison: desde São Francisco ocorreram cerca de quatrocentos casos de estigmatização, e foi um fenômeno inicialmente restrito à Europa, e em particular a Itália, expandindo-se ao resto do mundo a medida que o catolicismo também se espalhava. Ele diz também que nem sempre as feridas sagram, na verdade podem ser bem superficiais como protuberâncias ou esfolados na pele.
O Dr. Harrison é bastante cético com relação ao fenômeno, afirmando jamais ter encontrado evidências de que se trata de um fenômeno espontâneo. Mesmo com relação ao Padre Pio, ele entende que poderia ser bem possível que ele mesmo tenha causado as lesões, mantendo-as abertas artificialmente, uma vez que, ao final de sua vida, quando estava debilitado, as feridas se recuperaram e, por ocasião de sua morte, elas não mais existiam.
Causa espanto também que, antes do Sudário de Turim ter sido exibido, acreditava-se que as feridas escritas em Cristo teriam ocorrido em suas mãos, e os estigmatizados apresentam ferimentos nas mãos. Depois verificou-se que elas teriam ocorrido nos pulsos, e começaram a surgir estigmatizados com ferimentos nos pulsos. Da mesma forma, o Novo Testamento não diz em que lado do corpo Jesus foi ferido pela lança, e os estigmatizados apresentam feridas tanto no lado esquerdo quanto no direito. O que confirmam os estudos parapsicológicos de que os estigmas são causados pela mente das próprias pessoas.
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